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De olho no apoio do PSDB no segundo turno da eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou nesta quinta-feira, 22 de agosto, o comentário feito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que prometeu agir como magistrado se o tucano José Serra não passar para a outra rodada da disputa.
– É prudente o presidente da República exercer esse papel – afirmou Lula.
O petista disse duvidar da neutralidade total, mas espera o que chamou de bom-senso.
– Ser magistrado num processo eleitoral é não colocar a máquina pública a serviço de nenhum candidato – definiu.
Para Lula, a recomendação deve valer não só para ele como para qualquer outro concorrente. Na segunda-feira, o petista se reuniu por 10 minutos a sós com FH, no Palácio do Planalto. Conversas reservadas dão conta de que, nesse encontro, o presidente teria garantido apoio a Lula caso o segundo turno fique entre ele e Ciro Gomes (PPS). Lula não confirmou nem negou a informação.
O petista disse não ver nenhuma novidade nas defecções registradas no PSDB.
– O Tasso nunca apoiou o Serra, está com o Ciro desde o começo e todo mundo já sabia, até o próprio Serra – declarou, numa referência à atitude do ex- governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB), que abandonou o tucano para ficar com Ciro.
Fanático por futebol e torcedor do Corinthians, Lula afirmou que o adversário do PPS errou ao tentar envolver a seleção brasileira na disputa eleitoral. Na terça-feira, o time do Brasil perdeu por 1 a 0 do Paraguai. O jogo foi realizado em Fortaleza (CE). Ciro e Tasso apareceram juntos no camarote do Estádio Castelão, com as bênçãos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida por Ricardo Teixeira.
– Foi um mau negócio – comentou Lula.
Bem-humorado, Lula contou que FH chegou a agradecê-lo por estar dando declarações de que o Brasil é maior do que a crise e a eleição.
– Ele disse que eu estou levantando a moral dos outros, mas acho isso mesmo. Ninguém vai a lugar nenhum com pessimismo, jogando para baixo – argumentou.
Na opinião de Lula, o presidente precisa apressar a votação da minirreforma tributária no Congresso para desonerar a produção e "passar para a sociedade a idéia de que o brasileiro vai levantar a cabeça".
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