O meia Riquelme anunciou na noite desta quarta sua decisão de não defender mais a seleção argentina, em entrevista à emissora local Canal 13. Aos 28 anos, o jogador do Villarreal resolveu dedicar-se a partir de agora apenas ao seu clube e explicou que as críticas que vinha sofrendo pelo desempenho na seleção abalaram sua mãe.

– Desde que terminou a Copa, ela foi internada duas vezes e minha função é cuidar dela – justificou o jogador.

Juan Román Riquelme estreou com a camisa da seleção em 16 de novembro de 1997, quando o então comandante Daniel Passarella o colocou nos minutos finais da partida contra a Colômbia, pelas Eliminatórias para a Copa da França.

De lá para cá, o meia alternou altos e baixos na equipe argentina e só teve sua primeira oportunidade de disputar um Mundial neste ano, na Alemanha, quando foi o camisa dez da equipe comandada por José Pekerman.

Porém, suas atuações não agradaram boa parte dos torcedores. Mesmo assim, voltou a ser chamado pelo novo treinador da seleção, Alfio Basile, e foi considerado um dos responsáveis pela derrota por 3 a 0 para o Brasil, no início o mês. O vexame contra a equipe canarinho ficará marcado como a despedida do ídolo argentino.

Apesar de atualmente ser bastante criticado por parte da opinião pública e da mídia, Riquelme já foi adorado pela mesma torcida. Diante da ótima fase que viveu com a camisa do Boca Juniors até 2001, os argentinos passaram a exigir a presença do meia na seleção, e Marcelo Bielsa promoveu seu retorno à equipe. No entanto, ficou fora da Copa de 2002.

GAZETA PRESS