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O mercado financeiro faz a partir desta segunda, 12 de agosto, uma melhor avaliação do acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Analistas e investidores tendem, agora, a buscar o detalhamento das entrelinhas do pacote de ajuda de US$ 30 bilhões. A avaliação dos parlamentares poderá ser feita no dia 20, quando o ministro da Fazenda, Pedro Malan, falará no Senado Federal sobre o acordo.
A decisão de convocar o ministro no recesso branco do Congresso, que ocorre durante a campanha eleitoral, foi aprovada pelo presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), atendendo a requerimentos de parlamentares.
Depois da euforia de quinta-feira, veio a devolução. Na sexta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou com queda de 3,2% e o dólar, cotado a R$ 3,015. Analistas afirmam que as recentes declarações do candidato Ciro Gomes (PPS) em relação à política econômica, a queda de José Serra (PSDB) na pesquisa do Ibope da semana passada e o boato de renúncia do candidato governista (negado pelo tucano) também pressionaram muito o dólar. A suspensão da ração diária do Banco Central (BC) foi outro fator apontado, mas com ressalvas.
A retomada da oferta de linhas de crédito externo apenas a partir de outubro, apesar do acordo, não surpreendeu alguns analistas. Para eles, o dinheiro não sairá antes da aprovação do acordo pela diretoria do FMI. Com a ausência de crédito, empresas não conseguem rolar dívidas e compram dólares para quitá-las. Isso gera mais pressão sobre o câmbio. Para alguns analistas, a Bovespa deve voltar a acompanhar as bolsas norte-americanas.
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