| 24/08/2006 17h16min
A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) avisou nesta quinta que o velocista Justin Gatlin não pegará uma suspensão menor do que quatro anos por ter sido flagrado num exame antidoping em abril por uso excessivo de testosterona. Na quarta, o advogado do atleta, Cameron Miler, disse que o atleta lutaria para voltar o mais rápido possível às pistas no julgamento da comissão de arbitragem.
– Quatro anos seria o mínimo. Queremos que Gatlin diga a verdade sobre o que aconteceu. Se ele disser que não sabe o que houve, não será suficiente para pegar uma pena menor do que a prevista – disse o porta-voz da entidade, Nick Davies.
Na terça, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) recomendou a pena de oito anos a Gatlin por ele não ter contestado o exame e ter se disponibilizado a ajudar o combate às drogas no esporte. No entanto, o atleta não acatou a suspensão e, de acordo com o advogado, ainda tem o objetivo de participar das Olimpíadas de Pequim, em 2008.
Atual campeão olímpico dos 100 metros, Gatlin está na espera do julgamento na comissão de arbitragem Federação Internacional de Atletismo (Iaaf). As regras da entidade prevêem o fim da carreira de atletas reincidentes no doping, mas a recomendação da Usada é uma indicação que isso não deve ocorrer. Em 2001, Gatlin foi flagrado durante o Campeonato Norte-Americano Juvenil por uso de anfetamina, mas se livrou da pena de dois anos e foi avisado de que na próxima vez seria banido do esporte.
A Iaaf também espera o julgamento da comissão de arbitragem para definir se o recorde mundial obtido pelo atleta será impugnado. Gatlin igualou a marca de 9,77seg de Asafa Powell no dia 12 de maio, no Catar. Se punido, todos os resultados posteriores ao doping serão desconsiderados.
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