| 31/07/2002 17h04min
O dólar comercial bateu nesta quarta, 31 de julho, o oitavo recorde consecutivo do Plano Real. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,46 para compra e R$ 3,47 para venda, alta 5,15% em relação ao fechamento do dia anterior. No mês, a desvalorização do real é de 18,73% e, no ano, o percentual acumulado chega a 33,25%. A cotação máxima do dia foi registrada por volta do meio-dia, quando o dólar era negociado a R$ 3,61 para venda.
Os analistas continuam a citar a falta de oferta e o fechamento das linhas externas tanto para rolagem de dívida quanto para exportação pela escalada da cotação. Para agravar a situação, os ajustes de final de mês no mercado futuro ajudam a pressionar as cotações. Há um grande número de empresas que não estão renovando posições de 'hedge' na BM&F e, com isso, direcionam seus recursos ao mercado à vista. Com essa distorção, o dólar para liquidação em setembro está em R$ 3,15, com queda de 1,56%.
Apesar do nervosismo que marcou o mês de julho no mercado, a expectativa é que para agosto a tensão diminua. Além da possibilidade de um novo pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), haverá menos dívidas de empresas vencendo no Exterior.
O Banco Central já teria atuado duas vezes no câmbio nesta quarta vendendo dólares ao mercado à vista, além de rolar US$ 100 milhões de uma linha de financiamento externa. Embora as intervenções tenham reduzido as cotações, o efeito foi efêmero. A cota diária estabelecida pelo BC, de US$ 50 milhões, é considerada muito baixa pelo mercado.
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