| 15/08/2006 08h32min
Às vésperas de seu primeiro jogo como técnico da Seleção Brasileira, que ocorrerá nesta quarta-feira, em Oslo, contra a Noruega, Dunga anunciou que não fará uma revolução radical na equipe.
– Não é preciso mudar tudo. Há muitas coisas boas que quero manter e outras que quero mudar. Mas não farei uma revolução radical – disse Dunga em entrevista publicada hoje pelo jornal berlinense Tagesspiegel.
Dunga evitou comparar sua tarefa com a revolução promovida pelo alemão Jürgen Klinsmann, que comandou a seleção de seu país na Copa.
Ele se mostrou prudente.
– Acho que sou Dunga, e não Klinsmann – disse.
– O técnico da Seleção Brasileira tem mais responsabilidade que o Presidente da República – afirmou.
O novo técnico brasileiro reconheceu que se surpreendeu quando foi escolhido pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Principalmente por não ter experiência como treinador.
– Foi uma enorme surpresa. A imprensa analisava todos os nomes possíveis, menos o meu – lembrou Dunga, que substituiu Carlos Alberto Parreira, depois do fracasso da equipe no Mundial da Alemanha.
O técnico brasileiro não vê, no entanto, uma desvantagem no fato de que não tenha experiência no posto.
– Muitos treinadores brasileiros tinham muita experiência e apesar disso não se mantiveram muito tempo no cargo porque no futebol o que vale é o gol –afirmou.
Para Dunga, na Seleção quando todos sabem o que é preciso fazer, não há necessidade de um treinador ser duro e o importante é que todos saibam quais são suas responsabilidades.
– Os jogadores devem ser de qualidade, mas também mostrar vontade de jogar e entusiasmo, motivação e acima de tudo vontade de ganhar – afirmou.
O ideal para Dunga é encontrar um equilíbrio entre a disciplina e a técnica brasileira. Para ele, esta é a receita que pode levar ao título de campeão no Mundial da África do Sul em 2010.
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