| 29/07/2002 09h43min
As ameaças do presidente nacional do PSDB, deputado federal José Aníbal (SP), de expulsar tucanos que apoiassem a candidatura do ex-presidente Fernando Collor ao governo nas eleições de outubro, não intimidou os líderes políticos municipais e estaduais de Alagoas. Dos 32 prefeitos, 11 assumem abertamente que vão votar em Collor para governador, além do deputado estadual Francisco Carvalho.
Hoje, nem o presidente do diretório estadual do partido, o senador Teotônio Vilela Filho (AL), consegue conter a febre “collorida” entre os tucanos. Vilela, que, com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), fez uma aliança com o governador Ronaldo Lessa, afirmou, porém, que não vai acatar a recomendação da presidência nacional:
– Não vai sair ninguém do PSDB de Alagoas. Vamos voltar a conversar com os companheiros.
Boa parte dos prefeitos que aderiu à campanha de Collor é das maiores cidades do interior alagoano. O presidente do PSDB tenta contornar a situação, reafirmando que a maioria dos prefeitos do Estado apóia a reeleição de Lessa.
– O PSDB é o partido no Estado que tem o maior número de prefeitos apoiando Ronaldo Lessa – ressalta .
Se Collor vencer o pleito, como indicam as pesquisas eleitorais, Teotônio diz que vai ficar na oposição. O secretário-geral do PSDB estadual, Claudionor Araújo, saiu em defesa dos prefeitos tucanos que aderiram a Collor:
– Antes de expulsar os nossos prefeitos, José Aníbal tem de expulsar o governador (do Ceará) Tasso Jereissati, que está apoiando o Ciro Gomes para presidente. O nosso candidato a presidente é José Serra – lembrou Claudionor.
Quem não consegue segurar o rebanho é o senador Renan Calheiros: cinco dos 10 prefeitos estão apoiando abertamente Collor. O ex-governador Manoel Gomes de Barros (PMDB) recusou uma candidatura de deputado estadual para poder apoiá-lo.
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