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O sindicalista Paulo Pereira da Silva (PTB), o Paulinho, candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PPS), disse neste domingo, 28 de julho, que as denúncias sobre irregularidades que envolvem seu nome quando ele ainda presidia a central sindical Força Sindical fazem parte de uma "armação" do comitê de campanha do candidato do PSDB, José Serra.
– Isso não é de hoje. Eles armaram isso há muito tempo – acusou o dirigente.
A estratégia de atingir os adversários por meio de uma campanha difamatória na imprensa, segundo ele, vem sendo usada pelo candidato tucano desde o início da campanha. Paulinho disse ainda ter conversado neste domingo, por telefone, com Ciro Gomes. O presidenciável do PPS teria também atribuído as denúncias ao comitê de Serra.
– Ele me falou que é coisa do candidato oficial e que nós não podemos nos abalar com isso.
O dirigente, no entanto, estranhou as afirmações de Ciro de que não terá receio de substituir o vice, caso haja fundamento nas acusações.
O candidato a vice de Ciro Gomes afirmou que advogados da Frente Trabalhista estarão ingressando nesta segunda-feira, 29 de julho, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, com um pedido de direito de resposta à revista semanal Época, que publicou as denúncias em sua edição desta semana. Ele acusou o diretor de Redação da revista, Paulo Moreira Leite, de estar a serviço da candidatura de Serra. À Agência Estado, Moreira Leite disse que não iria rebater a acusação, mas comentou que a reação de Paulinho "era esperada".
Paulinho analisa com seus advogados se irá ou não depor na sexta-feira sobre as suspeitas de superfaturamento de R$ 1 milhão na compra de uma fazenda no município de Piraju (SP), com recursos do Banco da Terra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A compra foi efetuada quando ele presidia a Força Sindical, conforme representação administrativa instaurada pelo Ministério Público Federal.
O advogado Antônio Rozella, que representa o sindicalista, confirmou que Paulinho recebeu na segunda-feira, em Marília, no interior paulista, uma intimação do procurador da República Célio Vieira da Silva, que apura indícios de irregularidades na negociação imobiliária. A informação foi divulgada na última edição da revista Época. Rozella justificou a possibilidade de não-cumprimento da intimação, afirmando que não teve acesso ao teor da representação administrativa.
Em nota oficial divulgada no sábado à noite, a Força Sindical afirma que "não comprou terras, nem intermediou sua venda", segundo relatório do próprio MDA.
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