| 25/07/2002 20h30min
Um protesto de estudantes e trabalhadores paralisou nesta quinta-feira, dia 25, a área central de Montevidéu, no Uruguai, um dia depois do aumento dos combustíveis e da formação de extensas fileiras nos postos de abastecimento. O fechamento da emergência da maior instituição de saúde da capital do país, o Hospital de Clínicas da Universidade da República do Uruguai, no último dia 16, está deflagrando manifestações todos os dias.
Mas a marcha desta quinta durou quatro horas ininterruptas. Aos universitários, professores, médicos e enfermeiros do hospital, reuniram-se milhares de integrantes dos sindicatos de industriários e agricultores, além de bancários, protestando pela crise econômica que o país atravessa. Com a desvalorização, o dólar atingiu a cotação de 29 pesos uruguaios. No começo do governo de Batlle, em 2000, cada dólar valia 10 pesos.
Cerca de 40% do valor depositado nos bancos, como reconhece o próprio governo, foi sacado nesse período. Os uruguaios admitem temer o corralito, medida adotada pela Argentina que restringe os saques bancários. Somente com a universidade, a dívida do governo chegaria a 260 milhões de pesos (ou US$ 8,9 milhões). Deste total, 103 milhões de pesos (o equivalente a US$ 3,5 milhões) deveriam ter sido destinados ao hospital. A instituição teve o atendimento de emergência paralisado devido à falta de dinheiro para a compra de medicamentos e de alimentos para os 200 pacientes atendidos ali diariamente.
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