| 21/07/2002 18h55min
A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que deve dar a palavra final sobre a concessão de empréstimo ao país chegou neste domingo, dia 21. O grupo, chefiado por John Thornton, vai auditar as contas públicas e definir os termos de um eventual acordo. Nesta segunda, dia 22, deve chegar uma comissão de notáveis para analisar a situação e propor opções em temas monetários e financeiros.
Os seis integrantes da equipe chegaram em vôos separados, por questões de segurança e se instalaram no Hotel Sheraton, no centro de Buenos Aires. Eles terão um agenda intensa com ministros de Eduardo Duhalde e com a equipe técnica do ministro da Economia, Roberto Lavagna. Na segunda devem chegar os notáveis Hans Tietmeyer (ex-presidente do Bundesbank da Alemanha), Andrew Crockett (gerente-geral do Banco Internacional de Compensações, da Basiléia), Luis Angel Rojo (ex-diretor do Banco Central da Espanha) e John Crow (ex-diretor do Banco do Canadá).
Um dos problemas apresentados ao grupo será o risco de saída de US$ 4,75 milhões no sistema financeiro, segundo estimativas do Ministério da Economia. A fuga seria provocada, segundo o ministério, pela retirada de US$ 1,7 bilhão por meio de 200 mil ações judiciais em curso. O restante seria resultado dos saques já permitidos pelas regras atuais.
Conforme o Banco Central da República Argentina (BCRA), já houve uma fuga, até 10 de julho, de US$ 1,3 bilhão por causa dessas ações. É por isso que o governo considera indispensável que a Suprema Corte decida sobre o chamado "corralito" financeiro imposto em dezembro passado, para impedir a constante fuga de fundos por causa dos processos.
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