| 20/07/2002 21h34min
A alegria voltou ao Avaí após a vitória por 2 a 0 sobre o Iraty, neste sábado, 20 de julho, no interior do Paraná. Não só pelo resultado que recolocou o Leão na briga por uma vaga na Copa Sul-Minas de 2003, mas também pela mudança na condução da equipe. Itabuna ilustrou muito bem este sentimento do grupo de jogadores, segundos após o encerramento da partida, no calor da comemoração.
– O que estava acontecendo não era só culpa dos atletas. A diretoria não estava se encontrando. E isso reflete dentro de campo. Mas agora trouxe um treinador que é amigo da gente – disse, à CBN Diário.
A declaração do zagueiro expõe claramente o real motivo da recente crise azurra. A estabilidade do time, que vinha crescendo de produção no semestre, foi quebrada com a desastrada demissão do técnico Flamarion Nunes na véspera da decisão do Catarinense 2002, contra o Figueirense, e a conseqüente contratação de Júlio Espinosa.
No comando do Avaí, o novo treinador, que caiu de pára-quedas no clube, não conseguiu ganhar a confiança dos jogadores, que chegaram a ameaçar uma paralisação para impedir a saída de Flamarion. É evidente que esse ambiente não levaria a lugar algum: Espinosa colheu três derrotas e um empate, com apenas um gol marcado no período.
Consciente de que havia cometido um equívoco, que pode comprometer não só este ano, como o próximo, caso a equipe não conquiste a vaga na Sul-Minas, a diretoria tentou recolocar o trem nos trilhos e trouxe de volta os auxiliares de Flamarion Nunes: Itá, agora na condição de técnico, e o preparador físico Marco Aurélio Ávila.
E o resultado deste sábado mostrou que o caminho do sucesso foi retomado. Em dois jogos, Itá se manteve invcito: no primeiro, havia empatado em 0 a 0 com a Caldense. Além disso, o time faturou a primeira vitória em sete confrontos. E, mais interessante, voltou a marcar gols após 410 minutos de jejum. O último havia saído na primeira partida da decisão estadual. Itá tem a fórmula para a alteração do rumo na ponta da língua.
– O grupo estava com a auto estima baixa, mas procurei conversar, ser amigo e, o que é principal, colocar alegria no trabalho – contou o treinador.
Os jogadores comemoram.
– Era a nossa última esperança e conseguimos a vitória – disse Milton.
– Estamos vivos – desabafou o aliviado Jorginho.
O presidente Nilson Zunino aproveitou a ocasião para fazer uma mea culpa:
– Cometemos erros, é natural com qualquer um – destacou.
• Confira a tabela de jogos e a classificação da Seletiva da Copa Sul-Minas 2003
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