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 | 24/07/2006 20h03min

Edgar é o mais novo ídolo do JEC

Jovem atacante esta sentindo o sabor da fama repentina

A façanha dos três gols numa única partida garantiu ao atacante do Joinville, Edgar, mais do que a liderança do seu time na Série C do Brasileiro. Numa pequena volta no quarteirão em que mora, nas imediações da Arena, chegou a ser escalado para a Copa de 2010.

Não pelo novo técnico da Seleção Brasileira, Dunga. "Ainda", frisa a empresária Maurina Caetano, dona da padaria próxima à casa do atleta. Ela permitiu-lhe chamá-la de "avó" e ele a rodeou de carinho, como as outras pessoas que encontrou na rua no dia de folga para a equipe tricolor.

Longe da família, que vive em São Carlos (SP), o simpático Edgar não dispensa atenção. Humilde, não acha desde o princípio que tenha feito grande coisa, nem esboça orgulho algum.

Seus 1m90cm poderiam garantir-lhe a função de goleiro. Mas esta foi apenas a posição que ocupava nas peladas da infância. Hoje, Edgar gosta mesmo é de fazer gols e não de impedi-los. A primeira pessoa para quem ligou depois da partida de domingo, como de costume, foi para a mãe.

- Ela não acreditava, disse para eu parar de brincadeira - contou, entre risos, o adolescente de 19 anos, que, aos 17, mudou para Joinville, onde integrou as categorias de base.

A profissionalização aconteceu há menos de um ano, em agosto de 2005. Arrasou com dois gols na primeira partida. E desde a Divisão Especial do Catarinense até agora já foram 15. Destes, exatos 12 gols em uma dúzia de jogos. Começou aí o apelido de "Edgol", usado pelo próprio Wagner Oliveira. O técnico, no entanto, foi o primeiro a pedir paciência para a torcida, que cobrou de Edgar o jejum em sete jogos seguidos (três contra o Avaí, os dois jogos-treino com o Fluminense e os dois primeiros pela Série C).

- Ele explicou que já foi centroavante e que o nervosismo e a ansiedade de marcar gols atrapalhavam - repete o atento aluno de Wagner Oliveira.

Edgar cursa o primeiro ano da faculdade de Educação Física. Na faculdade, ouviu gracinhas e "cobranças gentis" em relação à ausência de gols. Mas os cumprimentos também vieram. Seu colega de apartamento, Leandro Bambu, 18 anos, também sonha com o seu momento. O zagueiro atuou como titular na vaga de Toninho, que tinha sido expulso, e teve contribuições que arrancaram aplausos do goleiro Gilmar.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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