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Ciro reage a comparações com Collor e ataca Serra

Durante uma caminhada nesta quinta-feira, 11 de julho, pelas ruas do centro de São Paulo, o candidato Ciro Gomes (PPS) bateu forte em José Serra, do PSDB, em uma mostra de que a luta pelo segundo lugar na corrida presidencial se incendiou. Serra foi chamado de desonesto por Ciro, por dizer que a proposta de renegociação de dívidas sugerida pelo candidato do PPS é um calote:

– Ele (Serra) está agindo de má-fé porque conhece minha proposta e sabe que ela não tem nada a ver com o que ele está dizendo – afirmou.

Questionado sobre o fato de a página na Internet de José Serra reproduzir trechos de artigos para compará-lo a Collor:

– Isso é sinal de desespero. Até pouco tempo atrás, eles nem diziam que eu existia – afirmou.

O candidato do PPS acabou invertendo a situação, comparando a atitude do candidato tucano com a que Collor teria tido em relação a Lula nas eleições de 1989.

– Ele (Collor) disse que o Lula tomaria a poupança, espalhou essa intriga. Depois que assumiu foi ele que tomou a poupança do povo – relembrou Ciro.

Marcada para as 10h, a caminhada só teve início às 10h54min, o que permitiu aos correligionários de Ciro arrancar algumas das faixas dos candidatos do PT Lula, Genoíno e Mercadante, respectivamente aos cargos de presidente, governador de São Paulo e senador, que estavam espalhadas pelos postes do viaduto. As faixas foram deixadas no chão.

Partindo da praça Ramos de Azevedo, na qual se localiza o Teatro Municipal, Ciro Gomes, acompanhado de seu vice, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, e de Antônio Cabrera, candidato ao governo do Estado pela Frente Trabalhista (PPS, PDT e PTB), caminhou pela calçada esquerda do viaduto do Chá em direção à praça do Patriarca apesar dos apelos de assessores, que queriam que o candidato caminhasse pelo lado direito do viaduto, mais largo.

O cordão de correligionários e militantes impediu a passagem de pedestres chegando a tomar uma das pistas do viaduto e atrapalhar o trânsito. O bordão de campanha, "Ciro e Paulinho, esse é o caminho", repetido continuamente, abafava a paródia de transeuntes irritados, que pediam "Ciro e Paulinho, abram o caminho". Enquanto caminhava, Ciro cumprimentou crianças de rua e mulheres, pedindo desculpas a alguns deles pelo transtorno causado pelos que o acompanhavam.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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