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A resistência do câmbio em ceder ao conjunto de medidas tomadas pelo Banco Central (BC) ao longo das últimas semanas reduz as expectativas de que o dólar recue para os níveis inferiores aos R$ 2,50 registrados em meados de maio.
As projeções do mercado para a cotação da moeda até o final do ano variam de R$ 2,60, no cenário mais otimista, até R$ 3,10, valor estimado no caso de prevalecer o pior cenário, que prevê ruptura constitucional e é considerado remoto.
As projeções para os meses que antecedem as eleições de outubro são cada vez mais escassas, dada as oscilações dos preços no câmbio. Até um patamar de R$ 2,80 não obtém consenso, sobretudo após o fechamento de sexta-feira. Feriado nos Estados Unidos no dia anterior e os US$ 100 milhões da "ração diária" do BC prognosticavam um certo marasmo nas mesas de operação. Não foi o que ocorreu. A moeda norte-americana subiu 0,98%, fechando a R$ 2,882.
Para o gestor de fundos da Hedding-Griffo Ricardo de Campos, a dúvida é se R$ 2,80 seriam um novo patamar ou um novo piso (cotação mínima) para o dólar. Campos diz, ainda, que a volatilidade está diretamente relacionada com as avaliações do mercado sobre as pesquisas de intenção de voto para as eleições:
– O mercado não está mais olhando a liderança do (Luiz Inácio) Lula (da Silva-PT), é o fato de (José) Serra (PSDB) não decolar nas pesquisas que começa a preocupar.
Débora Morsch, diretora da corretora Solidus, também observou com preocupação o movimento do câmbio na sexta-feira. Muitas empresas não estão conseguindo rolar as dívidas no Exterior com vencimentos programados para este e para o próximo mês – o que fortalece a demanda por dólares.
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