| 05/07/2002 22h22min
Durante encontro dos países sócios do Mercado Comum do Sul (Mercosul), Brasil e Argentina fecharam acordo que busca resolver suas divergências no comércio. O acordo se refere ao regime automotivo, às dívidas com exportadores brasileiros e às barreiras comerciais a carnes de frango e suína, e a têxteis. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, considerou a parceria um grande avanço. Para o presidente Fernando Henrique Cardoso, representa um voto de confiança do Brasil à Argentina, porque se tem a segurança de que as dificuldades dos argentinos são passageiras.
Neste ano, para cada US$ 1 em veículo ou autopeça vendida pelo Brasil à Argentina, o país vizinho poderá vender US$ 2. Essa relação aumentará em 2003, para US$ 2,20, e em 2004 para US$ 2,40. Em 2005, será de US$ 1 para US$ 2,60. Em 2006, o comércio automotivo será liberado. O conteúdo de peças argentinas nos carros será de 20% este ano e em 2003, caindo para 10% em 2004 e 5% em 2005. A partir de 2006, a indústria argentina não poderá manter qualquer reserva de mercado para componentes regionais.
FH, o presidente argentino, Eduardo Duhalde e os presidentes do Paraguai, Luiz González Macchi, do Uruguai, Jorge Battle, e os da Bolívia, Jorge Quiroga, do Chile, Ricardo Lagos e do México, Vicente Fox, culparam nessa sexta os mercados internacionais pelos males econômicos e financeiros da região.
Conforme o presidente Fernando Henrique Cardoso, o desinteresse americano pela América Latina cria condições para os países da região buscarem alternativas, estreitando relações de comércio e de investimentos. FH sinalizou que a falta de atenção dos EUA e do bloco europeu poderá estimular os países latino-americanos a seguir caminho alternativo à Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e às negociações Mercosul-União Européia.
O presidente mexicano, Vicente Fox, defendeu a criação de zona de livre comércio entre o México e os países do Mercosul. Para ele, a base para a zona proposta pode ser um tratado de complementação econômica do México com o Brasil e os entendimentos com Brasil e Argentina, feitos na atual visita. Segundo Fox, um tratado de livre comércio representa relação econômica de longo prazo, com regras claras e certeza e fortalecerá a presença da América Latina nas correntes mundiais de comércio e investimento.
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