| 03/07/2002 20h44min
A crise de confiança dos investidores em relação ao Brasil é "um problema político" ligado às incertezas quanto ao resultado das eleições presidenciais de outubro e não é um problema econômico, disse nesta quarta-feira em Frankfurt o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Köhler.
Em encontro com a imprensa em Frankfurt, Köhler disse que os mercados e os analistas "sofrem atualmente um ataque de histeria" em relação ao Brasil. Os temores seriam de que, no caso de vitória do candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva, o governo não respeite os compromissos de pagamento da dívida externa e a estrita política orçamentária atual. Köhler lembrou, entretanto, que "o candidato Lula afirmou claramente que manteria a atual política orçamentária". Ele disse que o Brasil era "um caso totalmente diferente" do da Argentina porque adotou "excelente política econômica que reforçou seus fundamentos".
A embaixadora dos Estados Unidos, Donna Hrinak, disse nesta quarta que acredita na capacidade do governo brasileiro para tranqüilizar o mercado financeiro. Ela citou o subsecretário internacional do Tesouro americano, John Taylor, que não vê razão para pessimismo do mercado em relação ao Brasil, para deixar clara sua posição.
O subsecretário do Tesouro americano afirmou na véspera que não há razão para desconfiar da capacidade do governo para resolver seus problemas econômicos, referindo-se ao Risco Brasil e à cotação recorde do dólar no país, atingida na terça-feira. Donna afirmou que os Estados Unidos consideram o Brasil um parceiro sério e um aliado para liderar a integração do hemisfério nas negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
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