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Depois de dois anos de negociações, os presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, e do México, Vicente Fox, devem assinar nesta quarta-feira, dia 3, o acordo que reduz as tarifas de importação no comércio bilateral do setor automotivo e para mais de 800 produtos.
Aassinatura do acordo automotivo é considerada muito importante pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), já que a indústria instalada hoje no Brasil (com capacidade para produzir 3,2 milhões de veículos por ano) está com uma ociosidade de 40%.
Além de acordos, as duas maiores economias da América Latina se mostram dispostas a afinar suas posições em relação a temas polêmicos, como a reestruturação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a ajuda à Argentina.
Fox desembarcou na noite de terça-feira em Brasília cinco meses depois de FH ter decidido, de última hora, não comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre Financiamento ao Desenvolvimento, em Monterrey, no México. FH havia sido convidado pelo próprio Fox, mas acabou declinando ao constatar a perda de relevância do encontro.
O presidente brasileiro também levou em conta a inconveniência de sentar-se ao lado do presidente americano, George W. Bush, em uma época de conflitos comerciais entre Brasil e EUA. Apesar disso, Fox e FH têm mantido contato, desde a posse do mexicano, em dezembro de 2000. Junto com os presidentes de Argentina e Chile, eles tiveram três reuniões reservadas, em paralelo a encontros internacionais.
Desde 2001, FH tem insistido nesses encontros em criticar a inadequação dos métodos do FMI para situações de crise. Uma vez mais, deve reiterar a crítica a Fox.
Fox quer conhecer seu próximo interlocutor no país. A embaixada mexicana já marcou encontros entre ele e quatro candidatos à Presidência – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS).
O principal assunto com os presidenciáveis deverá ser os planos de cada um para a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). À noite, embarca para Buenos Aires, onde será o convidado da reunião de cúpula do Mercosul e assinará acordo de preferência com o bloco, primeiro passo para que seja negociado um acordo de livre comércio.
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