| 02/07/2002 09h33min
O dólar comercial voltou a abrir em alta nesta terça-feira, 2 de julho, atingindo nova máxima durante o Plano Real. No início dos negócios, a moeda americana era cotada a R$ 2,908 na compra e R$ 2,918 na venda, com alta de 0,62% sobre o fechamento de ontem, segundo informações da Globo News.
Ontem, no dia do oitavo aniversário do real, o dólar comercial bateu novo recorde em relação à moeda brasileira, ao fechar em R$ 2,896, com alta de 2,69%, depois de bater em R$ 2,90 um minuto antes de fechar as operações. O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 2,21%. O risco-país subiu 4,7%, para 1.598 pontos.
Até então, a maior cotação do dólar fora alcançada na última quarta-feira (R$ 2,885), depois de atingir R$ 2,888 durante o dia. O motivo da alta brusca (na sexta-feira o dólar caiu 1,22% e, na quinta, 1,03%) é o baixíssimo volume de negócios, o que pressiona as cotações. Nem um leilão de linha externa (em que o Banco Central ofereceu dólares com promessa de recompra) no valor de US$ 300 milhões, à tarde, acalmou os ânimos. A moeda era turbinada por renovadas incertezas políticas com relação às eleições de outubro, que ocupam cada vez mais o centro das atenções após a Copa do Mundo.
O mercado de câmbio começou o dia pressionado por rumores de que novas pesquisas de opinião sobre a corrida presidencial mostravam uma situação desconfortável para o candidato governista José Serra, preferido dos investidores.
A projeção do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2002 já ultrapassou o limite máximo da meta para o ano. Segundo o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), os analistas de mercado esperam variação de 5,53% este ano, ante 5,5% anteriormente. A meta de inflação para o ano é de 3,5%, com intervalo de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Para o Produto Interno Bruto (PIB), o mercado manteve a projeção de crescimento de 2,2% e 3,5% em 2002 e 2003, respectivamente. As expectativas para a balança comercial subiram de superávit de US$ 4,35 bilhões este ano, ante os US$ 4,20 bilhões anteriores. Para 2003, esperam-se US$ 5 bilhões.
Para o final do ano, a taxa de câmbio deve ser de R$ 2,55, ante R$ 2,52 na semana passada. Para 2003, de R$ 2,65. A taxa de juros Selic deve baixar até dezembro para 17% ao ano, e para 15% em 2003.
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