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Força-tarefa comandada por ministério combaterá crime no Rio

Miguel Reale Júnior descartou uso das Forças Armadas em ações de campo

O ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, anunciou nesta quarta-feira, 26 de junho, a criação de uma força-tarefa com a participação da Receita Federal e do Ministério Público para combater o crime organizado no Rio. O detalhamento do trabalho da força-tarefa faz parte das 10 medidas anunciadas na terça-feira pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o combate à violência no Rio. As medidas foram encaminhadas para a governadora Benedita da Silva (PT).

O ponto principal do pacote é que a coordenação do trabalho em território fluminense ficará a cargo do Ministério da Justiça. O delegado-chefe do Departamento Nacional de Entorpecentes, Getúlio Bezerra dos Santos, foi indicado por Reale Júnior para ser o coordenador da força-tarefa. Segundo o ministro, Getúlio desempenhará suas funções com dedicão exclusiva e terá, a sua disposição, os recursos humanos e financeiros para cumprir sua missão.

As medidas anunciadas não são nada mais do que a formalização de uma força-tarefa que já deveria estar atuando desde o mês passado, de acordo com pedidos feitos ao governo federal.

O governo estadual divulgou nota oficial informando que a governadora ficou "otimista" ao constatar que, das 10 medidas anunciadas, seis constavam de ofícios enviados em 21 de maio à Presidência da República e aos Ministérios da Defesa e da Justiça.

Reale Jr. voltou a descartar o uso das Forças Armadas em ações de campo. O ministro afirmou que, para o trabalho de combate ao crime apresentar resultados imediatos, serão necessários investimentos maiores no setor de inteligência das Forças Armadas, como recursos financeiros e pessoal qualificado.

 
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