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A suspeita de que o comando de campanha do presidenciável José Serra (PSDB) teria orientado a Polícia Federal a espionar adversários levou a cúpula do PT e a família Sarney a trocar telefonemas e articular um possível apoio do clã à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Desde que surgiram as notícias sobre a suspeita de cobrança de propina na prefeitura petista de Santo André, o presidente nacional do PT, José Dirceu, mantém contato com a ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e com o senador José Sarney (PMDB-AP). Dirigentes do PT e do PFL maranhense não descartam a possibilidade de a família Sarney apoiar informalmente a candidatura de Lula.
Nesta quarta-feira, 26 de junho, Dirceu conversou no início da tarde com Roseana e, por volta das 16h30min, com Sarney. Assim como dirigentes petistas fazem no caso de Santo André, a família Sarney acusa Serra de, por meio de um sistema de arapongagem, ser o mentor da busca e apreensão que a PF fez na empresa de Roseana, a Lunus, no dia 1 de março. A ação – motivada oficialmente pela suspeita de envolvimento da empresa com desvios de verbas públicas – marcou o início de um processo que levaria à retirada da candidatura presidencial da pefelista 43 dias depois.
Nas conversas com Dirceu, Roseana afirmou que, durante o episódio Lunus, cansou de dizer a petistas e a outros candidatos de oposição que caso sua candidatura fosse destruída pela "grande armação", a mesma estratégia seria usada contra eles.
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