A festa que começou na manhã de quinta no Equador, com a vitória por 3 a 0 da seleção sobre a Costa Rica e a classificação para as oitavas-de-final da Copa do Mundo na Alemanha continuou noite adentro em todo o país. O fim do jogo, que no Equador foi por volta das 10h (12h de Brasília), gerou uma explosão de alegria. E a comemoração ainda não parou, apesar de ter sido um dia de trabalho.

Até o Governo se deixou levar pela euforia e colaborou com as festas em Quito e Guayaquil, onde foram instalados palcos para shows. Em Quito, a capital, milhares de pessoas se reuniram na Avenida dos Shirys, para comemorar a vitória equatoriana. Em toda a cidade as buzinas dos carros, em caravanas pelas principais ruas, anunciavam a conquista da vaga.

A avenida acabou virando uma enorme lixeira, cheia de restos de comida e garrafas de cerveja. O consumo de álcool provocou vários acidentes, com pelo menos uma pessoa morta e dezenas de feridos.

– Esta seleção é o máximo, é a melhor do mundo – disse um dos torcedores, enrolado na bandeira nacional, enquanto uma mulher gritava: – Que venha a Alemanha.

Em Guayaquil, a rua Portete recebeu os torcedores, que festejaram a histórica classificação da seleção. O vale do Chota, na província de Imbabura, no norte dos Andes equatorianos, terra natal de vários jogadores, também entrou em festa. No Juncal, os moradores se reuniram para ver a atuação de Méndez e Delgado. Perto dali, em Piquiucho, a torcida era por De la Cruz.

Comentaristas que até então vinham criticando o técnico da seleção, o colombiano Luis Fernando Suárez, pela falta de vitórias na etapa de preparação, hoje agradeciam por armar a equipe mais poderosa do Mundial. Suárez e seus jogadores foram os únicos que não festejaram. Hoje mesmo o treinador disse que ele e a equipe têm a obrigação de ficar à parte.

– O povo pode fazer a festa, mas nós ainda não – disse o colombiano, preparando-se para os próximos desafios.

AGÊNCIA EFE