| 21/06/2002 15h39min
A tensão no mercado financeiro piorou nesta sexta-feira, dia 21. O dólar atingiu a maior alta desde que o plano real entrou em vigor, chegando a ser negociado a R$ 2,840, desvalorização de 2,53% em relação ao fechamento de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou e está operando em forte baixa: 4,62%. O risco-país, medido por JP Morgan, também bate recorde e está em 1.750 pontos básicos. O risco Brasil só fica atrás do da Argentina com 6.106 pontos básicos, e a moeda norte-americana é comercializada hoje a 3,63 pesos.
A instabilidade do mercado nesta sexta já era prevista pelos analistas, cujas projeções estão baseadas no novo rebaixamento do rating (nota de risco) da dívida brasileira pela agência Fitch. Nesta quinta, a Moody's Investor Service, uma das três principais do mundo, mudou de "estável" para "negativa" sua avaliação sobre a perspectiva da dívida do Brasil representada por bônus, notas e depósitos bancários em moeda estrangeira.
Até então, a maior cotação do dólar era R$ 2,838, atingida durante o pregão de 21 de setembro passado, pós atentados aos Estados Unidos.
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, estão reunidos com banqueiros no Hotel Transamérica, em São Paulo. Eles foram à capital paulista a convite da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). O encontro da entidade reúne os principais executivos dos bancos nacionais e estrangeiros. Malan e Fraga aproveitam a reunião para passar mensagem do governo sobre a instabilidade do mercado financeiro. Segundo a equipe econômica, os bancos podem ajudar a administrar a forte turbulência dos últimos dias. Não há, no entanto, garantia que desse encontro sairá pacto para frear a alta do dólar, do juro e do risco Brasil.
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