| 21/06/2002 08h48min
Dentro de no máximo três semanas o governo pretende anunciar medidas de cunho regulatório e fiscal de socorro a empresas do setor aéreo, anunciou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sergio Amaral. Segundo o ministro, a iniciativa visa a aumentar a competitividade das companhias, que se encontram em dificuldades principalmente após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Embora não tenha detalhado as medidas, ou a forma de ajuda às empresas, o ministro deu a entender que o apoio ocorrerá a partir de propostas do estudo que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem desenvolvendo há meses para o setor.
– É uma questão de reestruturação do setor (aéreo). E o BNDES está conduzindo isso muito bem – afirmou Amaral.
O ministro participou ontem, na sede do banco, no Rio, da solenidade de inauguração da exposição comemorativa dos 50 anos do banco. Na ocasião, o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, disse que a instituição vai financiar a instalação, no Brasil, de empresas da China, Índia, Rússia e Ucrânia. A iniciativa faz parte de um acordo, ratificado pelo banco, com instituições financeiras de fomento daqueles países. Pelo acordo, as instituições também se comprometem a financiar a instalação de empresas brasileiras em seus territórios.
Eleazar informou que os recursos serão financiados por meio de uma nova linha de crédito, aprovada na última reunião da diretoria do banco, no início desta semana. As empresas que optarem pela linha, segundo ele, terão se comprometer a exportar produtos nacionais. Do contrário, ficarão sujeitas a algum tipo de punição ainda a ser definida. As unidades brasileiras a serem instaladas no Exterior, por sua vez, terão de se responsabilizar pela aquisição de pelo menos parte dos insumos no Brasil, o que, em tese, beneficiará a balança comercial brasileira.
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