| 08/06/2006 15h
Com a semifinal em Roland Garros, o croata Ivan Ljubicic já conquistou seu melhor resultado em Grand Slam. Se quiser subir mais um degrau, porém, terá de derrubar um invencibilidade de 58 jogos do espanhol Rafael Nadal no saibro.
O atual campeão do torneio e vice-líder do ranking mundial não perde um jogo em terra batida desde abril do ano passado, quando caiu nas quartas-de-final do Torneio de Valencia diante do russo Igor Andreev. De lá para cá, foram nove títulos nesse tipo de piso.
Mas o retrospecto de Nadal não intimida Ljubicic.
– Não estou impressionado com a seqüência de vitórias de Nadal. São resultados fantásticos, mas ele esteve perto de perder partidas muitas vezes, e isso vai acontecer um dia. Creio que posso vencê-lo – afirmou o número quatro do mundo.
– Essa série tem de acabar um dia. Espero que seja na sexta-feira. Ele não pode vencer para sempre, todo mundo sabe disso – completa.
– Quando se tem 27 anos de idade, você sabe exatamente qual é o seu potencial, seu jogo. Tenho em minha cabeça todas as idéias de como jogar. Posso vencer qualquer um, e por que não Nadal? – continua o croata, que venceu um dos três confrontos diante do espanhol – todos jogados em quadra dura.
Ljubicic vive a melhor fase de sua carreira e já conquistou dois títulos nesse ano. No entanto, o tenista sebe que vai precisar mais do que seu forte saque e o potente golpe de direita para superar Nadal.
– Rafa é diferente. Para vencê-lo é preciso mais físico do que concentração, porque muitos pontos parecem fáceis e você se dá conta que não pode fazer tantos golpes vencedores como com outros jogadores', analisa.
Para explicar a estratégia que pretende usar na partida, o croata remeteu à final do Masters Series de Roma, em que o suíço Roger Federer por pouco não bateu Nadal – as parciais foram de 6/7 (7/0), 7/6 (7/5), 6/4, 2/6 e 7/6 (7/5).
– Roger nos ensinou em Roma a fórmula para criar problemas para ele. Você não pode ser demasiado agressivo e tampouco muito defensivo. Não quero trocas longas de bolas e tratarei de atacar porque essa é a forma de perturbá-lo – afirmou.
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