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Depois de um dia de trégua, o dólar voltou a subir nesta sexta-feira, dia 14, e fechou cotado a R$ 2,717 para venda e a R$ 2,719 para compra, em alta de 0,40%. No mês, a valorização atinge 8,11%, e, no ano, 17,40%. Predominou o sentimento de frustração com as medidas do governo, que decidiu intervir no câmbio e anunciou a retirada de R$ 6,5 bilhões do mercado por meio da ampliação do depósito compulsório dos bancos.
A moeda americana começou o dia vendido a R$ 2,75. O BC anunciou o aumento do compulsório sobre depósitos a prazo de 10% para 15% - uma medida para diminuir a liquidez dos bancos e evitar especulações com a moeda norte-americana. A cotação recuou, mas permaneceu acima da do dia anterior.
O BC confirmou que interveio no mercado vendendo dólares. Segundo o JP Morgan, a autoridade monetária teria vendido US$ 25 milhões aos dealers (instituições credenciadas pelo Banco Central). O valor da operação não foi confirmado pelo BC e só será divulgado na próxima quarta-feira, quando serão conhecidos os dados das reservas internacionais. Essa foi a primeira vez desde o fim de dezembro do ano passado, quando o BC ainda adotava o esquema de "ração diária" (venda de US$ 50 milhões por dia) que a instituição faz uma atuação direta no mercado.
O Risco Brasil, que mede a confiança do investidor estrangeiro sobre a capacidade do país de pagar sua dívida, disparou e voltou a ocupar o terceiro lugar entre os de maior risco, atrás de Argentina e Nigéria. O Equador vem em quarto lugar. O Risco Brasil fechou a 1.318 pontos, aumento de 6,89% em relação a quinta-feira. É o maior nível desde 4 de março de 1999, quando fechou a 1.389 pontos e o mercado reagiu às medidas anunciadas pelo recém-empossado presidente do Banco Central, Armínio Fraga - o fim da Taxa Básica do Banco Central (TBC) e da Taxa de Assistência do Banco Central (Tban) e sua substituição pela Selic e o aumento do já elevado juro básico, de 39% para 45% ao ano.
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