| 31/05/2006 07h54min
Antes do treino começar e dos jogadores subirem ao gramado, ele abre os braços e reza pedindo proteção aos céus. Ainda sem a presença dos atletas, ajuda seus auxiliares na colocação das traves e cones necessários para o trabalho do dia. Com o apito nas mãos, corre lado a lado com os jogadores, grita e orienta o posicionamento nas jogadas defensivas e ofensivas. Esse é Tite e seu estilo de trabalhar, agora no comando do Palmeiras.
Apesar de toda a vontade e dedicação do gaúcho, Tite acumula apenas uma vitória e duas derrotas à frente do Verdão, penúltimo colocado na tabela do Campeonato Brasileiro, cinco pontos atrás do Vasco, primeira equipe fora da zona de rebaixamento. Com apenas dois jogos por fazer antes da parada da competição para a disputa da Copa do Mundo (ambas fora de casa), o gaúcho sabe que será muito difícil proporcionar aos fãs do Alviverde a alegria de torcer pelo hexacampeonato na Alemanha com a cabeça tranqüila pelo fato do Palmeiras estar fora da zona de rebaixamento do Brasileirão.
– A situação nesses cinco primeiros jogos tem sido um pouco mais difícil do que eu esperava e a nossa realidade é o hoje. Não podemos fugir da realidade e para pensar nisso (sair da zona de rebaixamento), o time precisa somar seis pontos nestes dois jogos. A passagem dessa fase é por etapas, com bons jogos, vitórias. Precisamos sair dessa com consistência para não voltar – completou o gaúcho.
Questionado sobre o que é necessário para ajudar o Palmeiras a começar a sair da crise, Tite utilizou seu bordão preferido.
– Precisamos de equilíbrio em qualquer que seja a situação e de efetividade ofensiva para buscar resultados.
O gaúcho negou, no entanto, que pense em escalar a equipe de forma extremamente defensiva e retrancada para evitar novas derrotas nas partidas fora de casa.
– Não posso ir para uma situação extrema e preciso manter o equilíbrio, com competência para transferir um pouco dessa responsabilidade para nossos adversários.
Tite também engrossou o coro dos dois ex-treinadores (Leão e Marcelo Vilar) e pediu à diretoria agilidade na contratação de reforços.
– Sabíamos das dificuldades que teríamos e solicitamos dois reforços já para essa fase. Tentamos o Zé Luis e o Thiago, do São Caetano, mas não foi possível. Precisamos de peças de reposição para as saídas do Marcinho Guerreiro e do Correa, mas a situação está um pouco mais complicada do que imaginávamos – admitiu, enquanto espera também por Gilberto e Rosembrick.
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