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Os estrategistas da campanha tucana à Presidência decidiram manter o confronto com o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o presidente Fernando Henrique Cardoso e o candidato José Serra (PSDB) não estarão na linha de frente do confronto. Desde a reunião do conselho político da campanha com FH, no domingo, o PSDB concluiu que “o atual e o futuro presidente” têm de ficar fora da pregação dos “riscos” de uma eventual administração do PT. O objetivo é não levar o confronto para dentro do governo e evitar repercussão internacional negativa para o país.
– O presidente tem outras responsabilidades. O jogo político interessa só até o ponto em que a posição tomada não cria reflexo negativo para a gente administrar – diz um dos integrantes do alto comando da campanha de Serra.
Embora Serra não resista a criticar publicamente os “ataques de baixo nível” do adversário do PPS, Ciro Gomes, seus conselheiros políticos desaprovam qualquer tentativa de polarização com o ex-ministro. Avaliam que os votos de Ciro incluem uma fatia do eleitorado que pode migrar para o PSDB. A conclusão geral é de que Serra tem espaço para crescer no nicho governista.
As pesquisas indicam que Serra tem apoio de cerca de 20% do eleitorado, enquanto a avaliação positiva do governo FH gira em torno dos 30%. O objetivo dos tucanos é convencer os eleitores de que o segundo turno está decidido e ocorrerá entre os candidatos do PSDB e do PT. Depois de consolidar Serra como candidato do PSDB e da aliança e de vencer a batalha da escolha do vice, com Rita Camata (PMDB-ES), eles querem ultrapassar, “sem sobressaltos”, a terceira etapa do jogo sucessório: a convenção nacional do PMDB que submeterá a aliança a voto.
– Não devemos ser pilotados por pesquisas, mas é interessante que a tendência favorável a Serra, expressa na curva ascendente das últimas consultas, se consolide – diz o líder do PSDB no Senado, Geraldo Melo (RN).
Acertada a parceria com o PMDB na convenção, os tucanos vão trabalhar para que o candidato chegue mais “forte e mais competitivo” ao mês de agosto, quando estreará a campanha eletrônica. Só a partir da próxima semana, o tucanato dará atenção especial ao PFL. Mas o líder pefelista na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE) recomenda pressa nas negociações para evitar prejuízos.
Segundo ele, o deputado Roberto Brant (PFL-MG) está prestes a oficializar a candidatura ao governo de Minas Gerais, em aliança com Ciro Gomes (PPS), ao mesmo tempo em que o governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), também se movimenta em direção ao PPS, preparando o lançamento da candidatura de Eduardo Braga (PPS) à sucessão.
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