| 10/06/2002 19h23min
Os comandos nacionais do PTB e do PDT aceitaram a exigência do PTB gaúcho de disputar sozinho a eleição para deputados estaduais e federais. Um documento redigido às pressas foi entregue nesta segunda-feira, dia 10, para os presidentes do PDT, Leonel Brizola, e do PTB, José Carlos Martinez (PR).
A exceção foi a única autorizada pelos comandos dos dois partidos, que nesta segunda, em Pindamonhangaba, firmaram um acordo de coligação em todos Estados nas eleições proporcionais e majoritárias. O acordo garante o apoio do PTB à candidatura do pedetista José Fortunati ao Palácio Piratini.
– Não podíamos comprometer a aliança na majoritária. Ela foi priorizada – justificou o presidente estadual do PDT, deputado Vieira da Cunha.
Os dois partidos convocaram uma coletiva à imprensa para o início da tarde desta terça-feira, dia 11, na Assembléia Legislativa. Além de Vieira, Fortunati também foi decisivo nas negociações que fizeram os comandos do PDT e do PTB recuarem na intenção original de forçar uma aliança completa no Estado. Apesar de Fortunati e Vieira garantirem que estava tudo acertado, havia uma certa apreensão na delegação do PTB gaúcho que esteve na convenção.
O PTB gaúcho chegou a ameaçar apresentar uma moção na convenção, com apoio de oito Estados. Vieira e Fortunati, porém, foram hábeis para contornar a situação. Com aval de Brizola e dos líderes petebistas, deputados Roberto Jefferson (RJ) e José Carlos Martinez (PR), surgiu a idéia do documento, que requer autorização para não celebrar coligação na eleição proporcional conforme determinação da convenção nacional.
O documento foi assinado por Fortunati, pelo ex-juiz Luiz Francisco Corrêa Barbosa, candidato a vice na chapa do pedetista, e pelos presidentes estaduais Vieira da Cunha, do PDT, e Iradir Pietroski, do PTB.
– Com essa tua atitude, estás ganhando todo o PTB – disse a Fortunati o petebista Erineu Pergher, que concorre a uma vaga na Assembléia Legislativa.
Fortunati admitiu que as bases do PTB gaúcho, que antes tinham simpatia por Antônio Britto, candidato do PPS ao Palácio Piratini, têm sido receptivas à sua candidatura.
– Mudou completamente. Não é mais um acordo formal, mas sim político – disse Fortunati, que também ressaltou que a indicação de Barbosinha para vice contribuiu para diminuir as resistências internas do PTB.
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