| 15/05/2006 11h49min
O emprego industrial caiu 0,3% em março, na comparação com fevereiro, na série livre de influências sazonais. Em relação a março de 2005, houve recuo de 0,9%, sétima taxa negativa consecutiva neste indicador. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de pessoas ocupadas apresentou queda de 1,0% no primeiro trimestre de 2006, em relação a igual período do ano anterior e foi 0,4% menor do que o trimestre anterior (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos 12 meses apresentou variação positiva de 0,2%.
Com a variação negativa na passagem de fevereiro para março, o indicador de média móvel trimestral manteve-se estável entre os trimestres encerrados em março e fevereiro (0,0%).
Segundo o IBGE, o emprego na indústria caiu em nove dos 14 locais pesquisados, em relação a março de 2005. Os locais responsáveis pelos principais impactos negativos do cálculo geral foram Rio Grande do Sul (-9,0%), Região Nordeste (-3,0%) e Paraná (-3,4%).
Na indústria gaúcha, entre os 12 ramos que reduziram o número de pessoas ocupadas, calçados e artigos de couro (-21,2%) exerceu a influência mais importante no índice geral. Na indústria nordestina, o impacto de alimentos e bebidas (-5,3%) foi o mais significativo. Já no Paraná, a principal contribuição negativa veio de madeira (-24,9%).
Já os melhores desempenhos positivos foram verificados no Norte e Centro-Oeste (7,6%) e em Minas Gerais (3,1%), beneficiados pelo setor de bebidas, com expansões, respectivamente, de 17,3% e 16,95.
Em termos setoriais, no total do país, as principais contribuições negativas no resultado global vieram das indústrias de calçados e artigos de couro (-12,9%), máquinas e equipamentos (-8,2%) e madeira (-13,9%).
Na análise do trimestre, a desaceleração na trajetória do emprego industrial observada ao longo de 2005 permaneceu no primeiro trimestre de 2006. No indicador acumulado no ano, de -1,0%, nove locais e 11 ramos reduziram o contingente de trabalhadores. Em nível nacional, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-14,0%) e máquinas e equipamentos (-8,4%). Regionalmente, Rio Grande do Sul (-9,2%) e região Nordeste (-3,1%) exerceram as principais pressões negativas.
O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou variação positiva de 0,2%, embora permaneça em trajetória decrescente desde junho de 2005.
O número de horas pagas caiu 1,8% em março em relação a fevereiro, após crescer 1,9% no mês anterior. No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas recuou 0,6%.
Já a folha de pagamento recuou 2,0% em março, após avançar 7,9% nos dois meses anteriores, já descontadas as influências sazonais. O resultado negativo deste mês não alterou a trajetória do índice de média móvel trimestral que mostrou crescimento de 1,8% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março deste ano. Vale destacar que esta foi a terceira expansão consecutiva neste tipo de comparação, o que contribuiu para um ganho acumulado de 4,8% no primeiro trimestre de 2006, em relação ao último do ano anterior.
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