| 13/05/2006 16h55min
Um dos heróis da maior conquista do futebol gaúcho, Mário Sérgio recebeu com tristeza a notícia de que seu companheiro no meio-campo daquela equipe do Grêmio que derrotou o Hamburgo na final do Campeonato Mundial de Clubes em 1983 acusou, em um livro chamado Dei a Volta na Vida, os jogadores de seu time de entrarem dopados visando melhorar o desempenho em campo contra os europeus.
– Cada um fala o que quer. Recebo com muita tristeza esta notícia. O Caju é um cara que eu conheço desde criança, via o Paulo como um defensor da raça negra, contra o racismo que era muito forte naquela época. O que sinto neste momento é pena dele, que acha que poderia mudar a história de uma instituição como o Grêmio. Ele está fazendo uso de um livro para desmoralizar toda a história de um clube e também de outras pessoas, que poderão acioná-lo judicialmente a partir de agora. Não foi inteligente da parte dele – afirmou Mário Sérgio.
Paulo César não quis dar os nomes daqueles jogadores que teriam se dopado antes do confronto em Tóquio.
– Mesmo que ele apontasse, seria a palavra dele contra a de quem foi acusado. Isto busca apenas um sensacionalismo e espero que ele seja bem sucedido nesta estratégia e que o livro seja bem vendido. Só tenho medo de um segundo livro colocando em xeque o tricampeonato Mundial do Brasil, que ele também fez parte.
Mário Sérgio encerrou a entrevista dizendo que não se sente abalado pelas acusações de seu ex-companheiro.
– Eu fico triste por ele. O título Mundial de forma alguma será diminuído. É o maior título que o Rio Grande do Sul tem e foi conquistado por homens verdadeiros que brigaram muito por aquilo. Ele não vai querer agora, 23 anos depois, diminuir este feito.
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