| 31/05/2002 13h18min
O Sindicato dos comerciários de Porto Alegre começou campanha contra a abertura das lojas aos domingos. Na manhã desta sexta-feira, dia 31, houve distribuição de panfletos para funcionários de estabelecimentos comerciais do centro da cidade. O sindicato apresenta lista de quem votou a favor do projeto em tramitação na Câmara e pede que a categoria pressione os vereadores. À tarde, os sindicalistas irão percorrer lojas localizadas nas avenidas Azenha e na Assis Brasil. Também haverá atividades no fim de semana.
Nesta manhã, o encerramento da votação do projeto sobre a abertura do comércio aos domingos teve de ser adiada na Câmara em razão da falta de quórum. Os últimos dois artigos do projeto devem ser votados na próxima segunda-feira, 3 de junho.
A primeira parte do projeto que permite a abertura das lojas em domingos foi aprovada na madrugada de quinta. Depois de quase 12 horas de sessão, os vereadores aprovaram, por 16 votos contra 12 e uma abstenção, artigo que permite o funcionamento do comércio aos domingos. Porém, a votação de destaques e emendas não foi concluída. A oposição ao projeto pretende provocar nova rodada de votação. A posição do prefeito João Verle quanto ao assunto, de acordo com sua assessoria de imprensa, é de sancionar o projeto somente se houver consenso sobre o texto final por parte dos comerciários e lojistas. A opinião dos sindicatos que representam as duas parte, no entanto, tem sido historicamente contrárias.
O presidente do Sindicato dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas), José Alceu Marconato, acredita que o caso esteja concluído em 30 dias de forma favorável aos lojistas, que reivindicam a possibilidade de abrir as portas aos domingos sem a necessidade de negociação com o Sindicato dos Comerciários da Capital (Sindec). Os comerciários, no entanto, também estão otimistas com o desfecho do assunto.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) na Capital, Atílio Manzoli Júnior, por sua vez, aposta na aprovação do projeto, inclusive na sanção pelo prefeito. Manzoli defende que, como os vereadores representam os interesses da população e já aprovaram os dois primeiros artigos do projeto de lei, a posição deverá ser respeitada por Verle.
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