| 31/05/2002 08h31min
Além de minar a base do tucano José Serra, a aproximação entre PT e oposicionistas do PMDB pode trazer uma vantagem extra à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo integrantes da cúpula petista: a pressão sobre o PL, que há meses esbarra em resistências internas para decidir apoiar Lula. As negociações entre liberais e petistas estão estacionadas, devido às resistências impostas por líderes regionais do PL e representantes da Igreja Universal do Reino de Deus, que preferem o candidato Anthony Garotinho (PSB).
Na terça-feira, dia 28, o presidente nacional do PT, José Dirceu, voltou a conversar com o senador José Alencar, nome mais cotado para ser candidato a vice de Lula até o anúncio do namoro entre petistas e peemedebistas descontentes.
– Está tudo do mesmo jeito – disse Dirceu.
Embora seja remota a possibilidade de o PMDB vir a apoiar oficialmente Lula, petistas e peemedebistas têm acenado com a possibilidade de o senador Pedro Simon (RS) ser o vice de Lula.
– Estamos conversando para consolidar uma coligação formal entre PT e PMDB. O que mais acontecer é subproduto – disse Dirceu.
Nesta semana, um telefonema de Dirceu ao presidente estadual do PT, David Stival, em que falou sobre a possibilidade de coligação, pode significar mais um passo na aproximação entre as duas siglas. Dirceu teria falado sobre os contatos mantidos com Simon e com os senadores Roberto Requião (PR) e José Sarney (AP), que teriam demonstrado simpatia à aproximação. Stival, porém, diz achar incoerente a aproximação do PT com a ala do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, mas considera que não haveria problemas em nomes como o de Simon para vice de Lula.
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