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Isolado no PMDB, o senador Pedro Simon evita descartar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. O senador disse nesta sexta-feira, dia 24, que sua posição dependerá de como se comportar o PMDB gaúcho e da convenção nacional marcada para o dia 15.
– Recebi com muito carinho o contato de Lula. Gosto dele, é um amigo. Depende do PMDB no Rio Grande do Sul e depende da convenção, que vai definir se teremos ou não uma coligação com o PSDB – afirmou.
O candidato do PT ligou para o senador para manifestar solidariedade depois que o PMDB preteriu seu nome em favor da deputada federal Rita Camata (ES) para vice do tucano José Serra. Simon, porém, não descarta nem mesmo a possibilidade de apoiar Lula já no primeiro turno, mesmo tendo, regionalmente, Germano Rigotto (PMDB) como candidato ao governo do Estado. Rigotto é o único candidato a contar com o apoio declarado do senador:
– A campanha que eu vou fazer é do deputado Germano Rigotto, candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul.
Sobre o fato de ter sido preterido como vice de Serra, Simon disse ainda acreditar que "um movimento forte" do PMDB na convenção do dia 15 poderá impedir a aliança. Sem esconder o desgosto e evitando ser agressivo com Rita, o senador, que estava em Brasília, classificou a escolha como "uma aposta do Nizan Guanaes (marqueteiro de Serra) na beleza", o que, segundo ele, "o fará se quebrar".
Simon recebeu na noite de quinta-feira uma visita de Serra. Disse que o tucano foi muito cortês e revelou que tomou a iniciativa de adverti-lo para não cair na armadilha de conduzir uma campanha em tom terrorista contra Lula, afirmando que, se o petista for eleito, as coisas podem dar errado no Brasil.
– O resultado de uma campanha assim pode ter o sentido inverso do desejado – observou.
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