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O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, irá até os pavilhões da Expoleite nesta quinta-feira, 23 de maio, que ocorre no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. À tarde, o petista tem um encontro com o Conselho de Vereadores da Região Sul (Coversul), que se realizará no auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa. Depois, o líder do PT ainda se reúne com sindicalistas em Canoas e, à noite, visita o Memorial do Fórum Social Mundial.
Nesta quarta, três discursos semelhantes para públicos diferentes marcaram o dia do candidato na visita ao Rio Grande do Sul e deixaram clara a preocupação em evitar erros que comprometam a liderança nas pesquisas. Com diferença de cinco horas, Lula ouviu provocações de um líder dos empresários e foi ovacionado como se já estivesse eleito por militantes do PT, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina. À noite, discursou para estudantes da Unisinos que lotaram as arquibancadas do complexo desportivo.
Apesar das platéias diferentes, a fala e a roupa de Lula – um terno de cor grafite, camisa amarela e gravata – eram as mesmas. Na Federasul, os presentes ouviram o candidato sem manifestar entusiasmo, exceto quando Lula defendeu uma reforma tributária que desonere a produção. O presidenciável pediu que os empresários não temam a eventual vitória petista, referindo-se à afirmação do presidente da entidade, o empresário Paulo Afonso Feijó, que minutos antes havia admitido temer a eleição de Lula ao Planalto. Mais tarde, sobre um caminhão de som no meio da rua, o petista repetiu o discurso da serenidade e pediu o voto e o empenho dos agricultores e militantes.
Nesta quarta, Lula falou sobre seus planos para o governo: concretizar pelo menos quatro reformas " agrária, previdenciária, tributária e trabalhista (esta aliada a uma mudança na estrutura sindical do país). Além disso, apresentou sua posição sobre a discussão da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Defendeu uma política de livre comércio de verdade, mas com uma "certa igualdade tecnológica ou econômica", disse. Segundo o candidato do PT, o Brasil deveria se comportar sabendo que tem competitividade, com vontade política para isso.
– Os Estados Unidos estão fazendo o que deveríamos fazer: defendendo seu emprego, sua agricultura e sua indústria – disse.
A declaração, interpretada como elogio ao protecionismo americano pela Agência Estado, foi explicada no comício do Largo Glênio Peres em tom de indignação com o que chamou de distorção de suas palavras. Lula disse que é um dos maiores críticos das sobretaxas impostas pelos Estados Unidos, mas sustenta que o Brasil precisa proteger seus produtos, como fazem os países desenvolvidos, que subsidiam a agricultura.
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