| 21/04/2006 11h59min
Pelo segundo dia consecutivo, nenhum jogador do elenco alviverde compareceu para conversar com a imprensa depois dos trabalhos realizados na Academia de Futebol. Ao deixar o campo em direção ao vestiário, o atacante Edmundo, através das grades que separam jornalistas e atletas, explicou rapidamente os motivos da greve de silêncio.
– Quando é meu dia de falar eu vou amarradão, cara, mas não pode sobrar só para mim. O grupo tem 30 jogadores, e o justo seria se todos falassem – argumentou o Animal, para, em seguida, dar uma sugestão à assessoria de imprensa.
– Se ele (José Isaías, assessor de imprensa do clube) continuar perguntando individualmente, a maioria não vai querer falar. Tem de fazer uma escala com dois ou três nomes por dia. Aí, se alguém não vier, vocês (jornalistas) podem criticar com razão. O que não pode é sobrar apenas para os mais experientes – finalizou o jogador, que não quis responder sobre seu reencontro contra o Figueirense, time que o “ressuscitou” para o futebol, abrindo as portas para ele no último Brasileirão.
Já Pedro Santilli, que conversou com os jornalistas como representante do técnico Emerson Leão, que passou mal e saiu mais cedo do treino, garantiu que a greve de silêncio dos atletas nada tem a ver com a comissão técnica.
– É difícil entrar na cabeça de cada atleta, mas o Leão não falou nada a respeito disso. É uma idéia que partiu dos próprios jogadores, pois o Palmeiras passa por um momento de cobrança muito grande e eles acham que é o momento de ficar calado.
Questionado se a atitude dos atletas palmeirenses é correta, Santilli deixou claro que desaprova o silêncio do grupo e apostou que a greve nada tem a ver com as matérias que vêm saindo na mídia.
– Eles não têm nada contra vocês (jornalistas) e amanhã ou depois vão se conscientizar que é bom falar com vocês da imprensa – finalizou.
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