| 18/04/2006 10h35min
O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, mais um vez atacou o que ele chamou de as três pragas do futebol. Em entrevista concedida nesta segunda, o dirigente disse que os maiores problemas do futebol mundial são o racismo, o G-14 – grupo formador pelos clubes ricos da Europa – e a corrupção.
Não é de agora essa batalha entre a Fifa e os grandes clubes europeus, que dizem ter prejuízo com as seleções que convocam seus jogadores.
– As meta do G-14 são mais dinheiro e uma liga profissional independente, como a NBA. A Uefa fez muito para melhorar a Copa dos Campeões. As 32 equipes que participantes repartem 80% do que é arrecadado, mas o G-14 quer tudo para si, já que seus clubes demais com seus jogadores. É uma loucura o que lhes pagam – disse o suíço.
Já sobre o racismo, mas sem deixar de alfinetar o grupo, o presidente disse que com o G-14, ao menos, se pode ter algum diálogo, mas não se tem como controlar e erradicar o racismo.
Para falar sobre a corrupção que assola o futebol mundial, e não só o brasileiro, ele usou um exemplo de Portugal.
– Recentemente, recebi uma delegação portuguesa que se queixava de que vários políticos e empresários forçam a convocação do goleiro Vítor Baia, do Porto, para a seleção de Portugal, embora o treinador (o brasileiro Luiz Felipe Scolari) não queira. Os poderosos, porém, insistem que vá ao menos como terceiro goleiro, para poderem vendê-lo por um preço maior – afirmou.
Para terminar, ele confirmou que vai tentar se reeleger e voltou a dizer que a Seleção Brasileira, embora favorita e com os melhores jogadores, não tem garantido o título mundial.
– Parreira tem craques, mas não é certo que tenha um conjunto – finalizou.
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