| 13/05/2002 16h02min
O vice-presidente nacional do PTB, deputato federal Roberto Jefferson (RJ), pontuou na tarde desta segunda-feira, dia 13 de maio, em entrevista à Rádio Gaúcha, mais um capítulo do impasse entre os diretórios nacional e regional em torno da aliança estadual que apoiará um candidato ao Piratini. Depois da cisão da Frente Trabalhista no Estado – que reuniria PTB, PDT e PPS –, a executiva estadual optou pelo apoio ao pré-candidato do PPS, o ex-governador Antônio Britto, enquanto o Diretório Nacional acordou apoio político ao pré-candidato do PDT, José Fortunati.
– Há uma crise de confiança instalada. Nós tentamos conversar com o Zambiasi na relação pessoal, mas não está sendo possível. Já exaurimos as instâncias de discussão – disse Jefferson.
Abandonado o diálogo pessoal, a questão será levada a uma reunião da executiva nacional do PTB, em Brasília, na próxima quarta-feira. Roberto Jefferson afirmou que o presidente da Assembléia Legislativa e candidato ao Senado do partido, deputado Sérgio Zambiasi, teria se recusado a viajar ao Rio de Janeiro e a Curitiba para falar sobre o assunto.
Apesar da matéria não ter sido apreciada pelo foro nacional, Jefferson adiantou que, possivelmente, 11 pessoas seriam nomeadas para a intervenção na seção do PTB rio-grandense. O vice-presidente nacional do partido assegurou, no entanto, a chapa de deputados federais e estaduais e a indicação do nome de Zambiasi ao Senado:
– Não temos nenhuma intenção de modificar a nominata. Nós não podemos é ficar à mercê dessa desconfiança, se a aliança será ou não cumprida, porque temos uma palavra empenhada e uma posição da convenção nacional nesse sentido.
Para Jefferson, o momento é de "assegurar a aliança nacional com o PDT, que é o núcleo do futuro partido trabalhista":
– É um passo histórico de reencontro das legendas trabalhistas, e isso não pode se perder em função de uma postura de candidatos. Está havendo uma indisciplina por um interesse menor, de apoiar Antônio Britto, porque está melhor na pesquisa momentaneamente.
Se for aprovada a intervenção, o PTB gaúcho terá cinco dias para se defender das acusações de indisciplina. A executiva do partido estuda a possibilidade de escolher como interventores pessoas de fora do partido, que assinariam ficha no PPS nos próximos dias.
O deputado federal Edir Oliveira, porém, ainda acredita numa solução amigável para o impasse. Segundo Oliveira, a cúpula havia empenhado a palavra de que não haveria intervenção.
– Se já estamos tendo dificuldades para contornar a preferência das bases pela candidatura Britto, imagina alguém sem respaldo partidário. Se isso ocorrer, só sobrarão escombros do PTB gaúcho – afirmou Oliveira.
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