As vendas reais da indústria brasileira caíram 0,44% em fevereiro na comparação com janeiro, já descontando as influências sazonais. Em relação a fevereiro do ano passado, houve aumento de 1,43% e, no acumulado do bimestre, expansão de 1,84%. Os dados foram divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a entidade, a queda nas vendas não indica perda de dinamismo. Um indício de aquecimento do setor industrial foi o aumento do emprego, da utilização da capacidade instalada e do número de horas trabalhadas. Segundo a CNI, o recuo mostra que o ajuste de estoques processado entre o fim de 2005 e o início de 2006 já chegou ao fim.

– O fato de as vendas registrarem uma acomodação em fevereiro não implica perda de dinamismo. É normal que as vendas recuem, após um período de crescimento mais intenso. De outubro a janeiro, por exemplo, já haviam crescido 4,6%, em termos dessazonalizados – afirmou a confederação, em comunicado divulgado hoje.

Em fevereiro, o número de horas trabalhadas expandiu-se 2,08% na comparação com janeiro, retornando ao patamar de outubro de 2005. A utilização da capacidade instalada, em termos dessazonalizados, aumentou de 80,6% para 80,9% e o número de pessoas ocupadas cresceu 0,4% ante janeiro e 0,96% em relação a fevereiro de 2005.

AGÊNCIA O GLOBO