| 29/03/2006 23h43min
Sem muitos titulares e praticamente fora da disputa pelo título do Paulistão, o Palmeiras foi a Jundiaí encarar o Paulista nesta quarta com um time misto. A maior novidade foi a volta do meia Ricardinho, cortado da concentração para o jogo contra o Corinthians por ter chegado atrasado ao treino do último sábado.
Com uma atitude displicente e sem motivação, o Palmeiras pouco fez em campo e acabou deixando Jundiaí amargando sua quarta derrota no campeonato: 3 a 0. O resultado negativo encerrou definitivamente qualquer chance do Verdão lutar pelo título.
No sábado, o Palmeiras volta a campo pelo Paulistão, provavelmente com mais um time misto. O adversário será o Rio Branco, às 18h10min, no Parque Antártica. Já o Paulista recebe o América no início da noite de domingo, novamente em Jundiaí. Para esta partida, Muñoz, impedido de atuar contra o Palmeiras, detentor de seus direitos federativos, estará de volta ao ataque.
A primeira etapa do duelo entre Paulista e Palmeiras teve poucos lances de emoção para os torcedores que se aventuraram a ir ao Jayme Cintra nesta quarta-feira chuvosa. O primeiro deles, pelo lado do Galo da Japi, aconteceu logo aos 45 segundos com Wilson chutando de fora da área e assustando o goleiro Sérgio.
O time jundiaíense voltou a ameaçar a meta alviverde aos 20, com Neto Baiano, e aos 22, com Jaílson, mas os bons chutes passaram por cima do travessão. A melhor oportunidade palmeirense aconteceu momentos antes com Lúcio, que fez bela jogada individual e bateu, de direita, sobre a meta do goleiro Victor.
Depois dos 25 minutos a partida caiu novamente no marasmo, e as chances de gol praticamente inexistiram. Diante de tanta morosidade, Paulista e Palmeiras desceram para os vestiários satisfeitos com o magro 0 a 0.
As equipes voltaram para a etapa final sem alterações nas formações, mas com um comportamento um pouco diferente, principalmente por parte do Paulista. Mais ligado no jogo, o time de Jundiaí criou bons momentos de gol e não demorou para abrir o placar, mas só depois de ver o atacante Jaílson, do Galo da Japi, perder um dos mais incríveis gols da história do futebol. Amaral chutou de longe, Sérgio rebateu e o camisa 11, sozinho, embaixo do gol, mandou a bola para fora, de forma inacreditável.
Aos 15, no entanto, o atacante se redimiu após bela jogada do lateral Beto. Contando com a sorte, a bola bateu em Reinaldo e sobrou para Jaílson, que cruzou para Neto Baiano, na raça, abrir o placar e terminar com todas as esperanças palmeirenses de conquistar o título paulista. Irritado com a apatia palmeirense, Leão mexeu por atacado, sacando Lúcio, Ricardinho e Enílton para as entradas de Márcio Careca, Cristian e Gioino.
As modificações nem deram tempo para surtir efeito. Aos 25, aproveitando cobrança de falta da esquerda, Jaílson, aquele do gol incrível perdido, fez definitivamente as pazes com a torcida do Galo e fuzilou o goleiro Sérgio, enterrando de vez o Palmeiras: 2 a 0. Foi o último lance do camisa 11, que deixou o gramado para a entrada de Wesley Brasília.
Nos minutos finais, o jogo caiu de produção e a última (e bela) emoção aconteceu aos 46 minutos. Bosco, que acabara de entrar no lugar de Neto Baiano, acertou um tiraço, no ângulo de Sérgio, decretando o placar final e a queda do Palmeiras para o quarto lugar na tabela. O Noroeste, com melhor saldo, é o terceiro.
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