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– O programa político do pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, tem de contemplar a experiência do Rio Grande do Sul na questão agrícola e agrária.
A declaração é do ex-secretário da Agricultura (PT) José Hermeto Hoffmann, que concedeu entrevista por telefone à Rádio Gaúcha nesta terça-feira, dia 7, de Brasília, onde participa de um seminário que elabora a proposta de política agrária de Lula. A afirmação também tem intenção de rebater as críticas, de "muitos opositores", de que Lula não teria experiência de governo.
Segundo o ex-secretário, a agricultura rio-grandense aumentou 24% de sua produção, durante o governo petista de Olívio Dutra. Hoffmann ressaltou que a política agrícola e agrária brasileira não deve visar somente à exportação, referindo-se ao contingente da população que "passa fome".
Na sua análise, a "agricultura familiar poderia ser incorporada com o plantio de 60 milhões de hectares de terra", mal-aproveitados hoje. Outra alternativa, sugeriu, seria uma política de créditos mais adequada, calcada em preços mínimos e em escoamento da produção racional, para não prejudicar a safra abundante. Além disso, Hoffmann propõe uma política vigorosa na pesquisa tecnológica, assistência técnica dinâmica aos agricultores, além do cuidado com o alimento de qualidade, a chamada "agroecologia". Lembrou também da valorização das cooperativas.
Conforme Hoffmann, a reforma agrária seria feita em cima das áreas improdutivas, o que prejudicaria apenas "meia dúzia de latifundiários". Para ele, a "causa da tensão no campo está no fato das vistorias estarem paradas", citando como exemplo, o município de Bagé.
– Este governo não tem compromisso com a Reforma Agrária.
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