A Secretaria de Relações Internacionais (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que a China autorizou o Brasil a continuar a exportar soja geneticamente modificada ao país por um prazo de cinco anos.

O anuncio aconteceu depois que o ministério enviou, no começo do mês, uma missão brasileira para negociar com o Ministério da Agricultura da China um prazo maior na certificação do produto brasileiro. Até o ano passado esta certificação era emitida anualmente. A decisão chinesa vai trazer maior segurança para o setor.

– Conseguimos o máximo que a legislação deles permite. Essa decisão representa uma maior previsibilidade na exportação brasileira de soja para a China – afirma a Coordenadora de Acordos Bilaterais do ministério, Denise Euclydes Mariano, integrante da missão brasileira que esteve no país asiático entre os dias 6 e 9 deste mês.

Segundo o coordenador de biosseguranca do Ministério da Agricultura, Marcus Vinicius Coelho, a certificação amplia a cooperação entre o Brasil e a China.

– A certificação representa um avanço no entendimento entre os dois países em relação à comercialização de soja transgênica.

As exportações de soja representam aproximadamente 25% das exportações brasileiras para a China. De acordo com o governo chinês, aproximadamente 30% da soja que o país asiático importa vem do Brasil. Em 2005, o Brasil exportou 1,7 bilhão de dólares de soja em grão para a China. Os chineses são um dos principais compradores de produtos do agronegócio brasileiro. Em fevereiro, o setor exportou para o mercado chinês o equivalente US$ 124,7 milhões, 27,3% do total exportado para a Ásia.

A Lei nº 11.092, de 12 de janeiro de 2005, estabelece normas para o plantio e comercialização da produção de soja geneticamente modificada da safra de 2005. De acordo com o coordenador de biossegurança do ministério, no ano passado cerca de 109 mil agricultores plantaram soja transgênica.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA