| 30/04/2002 19h48min
O PTB e o PDT decidiram continuar apoiando o candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes. No entanto, os dois partidos decidiram formar alianças nos Estados sem a participação do PPS. As definições foram tomandas em encontro nesta terça-feira, dia 30, entre dirigentes do PDT e do PTB.
Segundo o presidente do PTB, deputado José Carlos Martinez, não há risco do PPS retirar a candidatura de Ciro, uma vez que o partido dele não participará da aliança estadual.
– A candidatura Ciro Gomes não pertence ao PPS, pertence ao povo brasileiro. Ele é a esperança de milhões de brasileiros em mudar esse país, disse Martinez, ao sair do encontro com líderes pedetistas.
O líder do PTB na Câmara, deputado Roberto Jefferson, afirmou que a participação do PPS nas alianças regionais vai depender das conversas que o partido terá nos Estados com problemas. A decisão afeta diretamente o Rio Grande do Sul.
O principal impasse da Frente Trabalhista (alianças formada por PDT, PTB e PPS) é a indicação do candidato que vai concorrer ao governo gaúcho. O PPS insiste no nome do ex-governador Antônio Britto. No entanto, o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, não aceita que Britto participe da chapa da Frente ao governo gaúcho alegando divergências políticas e insiste do nome do vereador pedetista José Fortunati.
O PTB gaúcho já admite apoiar o candidato do PDT. Os representantes do partido no Estado que estiveram no encontro desta terça, a secretária Sônia Santos e o deputado federal Edir Oliveira, sugeriram que o PDT substitua o pré-candidato José Fortunati por outro, segundo eles, de maior densidade eleitoral. Brizola aceitou analisar a proposta.
A decisão das cúpulas também é uma resposta ao senador Roberto Freire (PPS) por ter criticado a aproximação da aliança com o PFL. Uma nota divulgada por Freire antes de a reunião começar irritou ainda mais a cúpula do PDT e do PTB. Na nota, Freire disse que uma frente com a vocação de governar o país não pode alimentar entre parceiros um espírito de intolerância e exclusão, porque poderia provocar o esgarçamento de um projeto político.
Brizola se sentiu satisfeito com o encontro e disse que o PDT e o PTB deram hoje o primeiro passo para a fusão em uma única legenda no futuro.
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