| 13/03/2006 15h17min
O Parlamento Europeu adotará formalmente nesta terça uma resolução onde reivindica medidas contundentes contra os atos de racismo no futebol, incluindo a suspensão de partidas e a expulsão de federações e clubes reincidentes. No texto, assinado por 420 dos 732 eurodeputados – sem necessidade de votação no plenário – a Eurocâmara condena energicamente toda forma de racismo no futebol, tanto no campo como na arquibancada.
O Parlamento pede às estrelas do futebol, especialmente aos jogadores e treinadores, que se manifestem regularmente contra este tipo de discriminação, e pede à Uefa e ao restante dos responsáveis pelas competições européias que aprovem medidas de punição a estes casos. Em particular, os deputados pedem que, de acordo com regras claras e rigorosas, os árbitros tenham a opção de interromper ou encerrar partidas em caso de abuso racista grave.
A Eurocâmara reivindica ainda que se estude a opção de impor sanções esportivas às federações nacionais de futebol e aos clubes cujos jogadores e torcedores cometam atos racistas graves, incluindo a expulsão de reincidentes das competições.
– O mais importante é que os responsáveis entendam a mensagem e imponham sanções adequadas – declarou a holandesa Emine Bozkurt, do Partido Socialista Europeu, uma das autoras do texto, que tem recolhido assinaturas desde sua apresentação em 30 de novembro do ano passado. – A Copa da Alemanha será uma prova de fogo para ver como as autoridades do futebol lidarão com esse sério problema – completou Bozkurt.
Por não haver a necessidade de votação no plenário, a declaração será formalmente adotada amanhã de forma administrativa e apresentada em entrevista coletiva com a presença de várias personalidades esportivas. Dentre os convidados, estarão o presidente do Parlamento Europeu, Josep Borell, além de vários jogadores profissionais, de representantes da Uefa e da rede de organizações contra o racismo no futebol Fare, segundo um comunicado do Grupo Socialista.
Também assistirão a cerimônia os deputados que promoveram o texto, a holandesa Bozkurt, os britânicos Claude Moraes (Grupo Socialista) e Chris Heaton-Harris (Partido Popular Europeu), assim como os alemães Alexander Nuno Alvaro (Aliança dos Democratas e Liberais) e Cem Özdemir (Verdes).
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