| 08/03/2006 20h57min
As apostas no corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic foram validadas hoje pela divulgação do resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Nesta quarta, o Copom optou por passar os juros básicos da economia brasileira dos 17,25%, do penúltimo encontro, para 16,5%, o menor patamar desde outubro de 2004
(16,75%).
A reunião durou quase horas e a votação ficou em 6 votos a favor do
0,75 e 3 por uma redução de 1 ponto percentual.
O sétimo corte na Selic já era mais do que esperado pelo mercado. A intensidade da redução é que estava no centro das especulações, com apostas entre 0,75 e 1 ponto. No entanto, nesta quarta, a primeira opção ganhou força, uma vez que alguns investidores deixaram, ainda que momentaneamente, o país em busca da maior rentabilidade oferecida pelos títulos do tesouro norte-americano.
Apesar das baixas seqüenciais na taxa desde agosto de 2005, os juros brasileiros ainda são considerados altos por empresários e analistas.
– No ano passado tivemos um ajuste fiscal que fez as taxas de juros subirem durante a maior parte do ano e uma crise de confiança na economia resultante da crise política – disse o economista Guilherme Maia, da empresa Tendências Consultoria Integrada.
Maia avalia que para que o Brasil cresça de forma compatível com o tamanho de sua economia necessita de reformas efetivas.
Segundo especialistas, a tímida alta registrada pelo PIB em 2005 deve induzir o Banco Central a acelerar cortes mais profundos na taxa básica de juros, o que não ocorreu neste último encontro do Copom, que neste ano tiveram sua periodicidade alterada de 30 para 45 dias.
De acordo com o último Relatório de Mercado, divulgado essa segunda pelo Banco Central, a expectativa do mercado é de que a Selic feche o ano em 14,5%, chegando a 13,5% em 2007.
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