| 05/03/2006 16h00min
O consumo das famílias brasileiras registrou em 2005 crescimento um ponto percentual menor (3,1%) do que em 2004. O pequeno aumento contribuiu para o baixo desempenho do PIB nacional, que cresceu 2,3% no ano passado, o menor entre as principais economias emergentes e latino-americanas, só superando o do Haiti que ficou em 1,5%. Os dados fazem parte de análise da Unidade de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além do consumo das famílias, a demanda interna foi pouco impulsionada pelo consumo do governo, que teve aumento de 1,6%.
– Apesar dos números positivos, eles são muito baixos, demonstrando que o mercado brasileiro está sendo comprimido. Uma das maiores riquezas de um país, o mercado interno, vem perdendo fôlego através do baixo desempenho do poder aquisitivo da população – afirma o presidente da Fiergs, Paulo Tigre.
Dado o crescimento populacional brasileiro de 1,5%, o PIB per capita aumentou apenas 0,8%. Do ponto de vista da produção, a indústria cresceu 2,5% em 2005, impulsionada pelo desempenho do segmento extrativo mineral (10,9%) e dos serviços industriais de utilidade pública (3,6%). O setor de serviços cresceu apenas 2%, com destaque ao comércio (3,3%), transportes (3,2%), aluguéis (2,5%) e as instituições financeiras (2,4%). A agropecuária, por sua vez, teve um baixo desempenho ficando em 0,8%. A seca na região Sul e o baixo preço de muitas commodities agrícolas em 2005 explicam tal resultado.
– A combinação de juros altos e taxa de câmbio baixa já deixou suas marcas na economia em 2005. É importante que o governo as perceba e acelere a redução da taxa de juros de forma a estimular a economia como um todo em 2006 – conclui Tigre.
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