| 21/02/2006 21h38min
A precoce eliminação do tenista Gustavo Kuerten no Brasil Open frustrou o ex-número um do mundo em seu retorno ao circuito mundial. Em entrevista após a partida, Guga afirmou que jogou abaixo do nível na derrota para o gaúcho André Ghem (313º do mundo) por 2 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/3 e 6/4, nesta terça, dia 21, na Costa do Sauípe, na Bahia.
Desde setembro do ano passado, quando estreou com vitória no Aberto dos Estados Unidos, em Nova York, Guga não sabe o que é vencer pelo circuito mundial. Antes de jogar no Brasil Open, ele já havia adiado por duas vezes o seu retorno ao circuito – desistiu dos torneios de Viña Del Mar, no Chile, e em Buenos Aires, na Argentina – em virtude de uma lesão no tornozelo direito.
– Joguei bem abaixo do nível em que vinha treinando. Para mim, o mais difícil é saber que estava treinando bem melhor e na hora da partida não correspondi. Mas, agora não adianta voltar atrás. Não joguei bem. Fiquei um pouco perdido e desperdicei muitas oportunidades, especialmente no terceiro set, que estava mais pra mim e que tive várias vezes 0/30 no saque dele. Não consegui ganhar os pontos importantes – lamentou Guga, bicampeão do Brasil Open em 2002 e 2004.
O catarinense afirmou ainda que não conseguiu se soltar em quadra e que também não se sentiu muito à vontade por estar jogando em casa contra um brasileiro.
– Não gosto de jogar contra um brasileiro aqui. A torcida não participa muito, há uns anos perdi para o Saretta também e agora tenho que tentar fazer o meu melhor na dupla, com o André – falou Guga, mencionando a derrota na estréia para Flávio Saretta, em 2001, quando ainda liderava o ranking mundial.
O catarinense voltará à quadra na quinta, ao lado de André Sá, para enfrentar o vencedor do confronto entre os cabeças 1, os checos Frantisek Cermak e Leos Friedl, contra o argentino Carlos Berlocq e o italiano Potito Starace, pelas quartas-de-final.
Ghem, por sua vez, preferiu manter a discrição na comemoração da maior vitória da sua carreira em sua estréia em torneio da elite profissional.
– Estou muito feliz pelo meu resultado, mas ao mesmo tempo triste por derrotar não somente um adversário, mas um ídolo. Fico chateado por isso. Quando ele foi campeão em Roland Garros, eu tinha 15 anos, sempre torci e vou torcer por ele – comentou o tenista de 23 anos, que ganhou um convite (wild card) para jogar a chave principal do Brasil Open.
Agora, Ghem pega nas oitavas-de-final o espanhol Alberto Martin, vice-campeão na Bahia em 2005, que derrotou nesta segunda o peruano Luis Horna por 6/4 e 7/5.
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