O primeiro sacrifício preventivo de aves na Áustria foi realizado hoje em um centro de amparo de animais em Graz, capital do Estado federado austríaco de Estiria, para evitar a propagação da gripe aviária. As medidas foram tomadas após a morte de dois cisnes.

Todos os animais com penas do centro – 32 gansos, patos e frangos – foram sacrificados por ordem do Diretor de Veterinária do governo regional de Estiria, segundo confirmaram fontes da Associação de Proteção Ativa de Animais, que administra o refúgio "Arca de Noé", onde morreram ontem os cisnes.

Uma dessas duas aves selvagens foi recolhida na terça-feira às margens do rio Murr, na localidade de Mellach, antes de se divulgar a notícia de que a gripe aviária tinha chegado à república alpina, precisamente nessa pequena cidade de Estiria. O outro cisne procedia de uma granja de Graz, que desconhecia seu local de origem. Os dois cisnes morreram na quinta-feira passada.

Sem esperar os resultados das análises, as autoridades veterinárias começaram a ordenar o sacrifício frente ao temor de que os dois animais fossem portadores do vírus da gripe aviária, especialmente da cepa H5N1, a mais perigosa, e que pudessem contagiar as demais aves.

Na Áustria já foram detectados três casos de H5N1, todos em cisnes selvagens achados mortos esta semana em Mellach, e embora ainda falte a confirmação oficial do laboratório de referência da União Européia (UE) em Weybridge (Reino Unido), pelo menos duas análises diferentes, efetuadas na república alpina, deram resultados positivos.

Segundo o Ministério da Saúde, que destacou a importância de obter informação rápida sobre casos suspeitos, entre segunda e quinta-feira 154 aves mortas foram enviadas ao laboratório da Agência Austríaca para a Segurança e Saúde Alimentícia (Ages) para análise.

Entre esses animais há, além de cisnes, garças, patos selvagens, faisões, aves cantoras, pombas, melros e vários tipos de galináceos, mas até agora só se confirmou a gripe aviária nos três casos citados acima.

AGÊNCIA EFE