Os membros do Comitê de Orçamento do Senado dos Estados Unidos pediram hoje que a secretária de Estado Condoleezza Rice falasse do destino e da eficácia dos fundos do país destinados a programas no Exterior, especialmente no Iraque. Em resposta, a secretária se limitou a repetir o argumento do presidente George W. Bush de que as forças americanas só podem voltar para casa quando sua missão estiver cumprida.

– Se sairmos antes, se não continuarmos comprometidos, estaremos nos arriscando a deixar um Iraque que será um foco de instabilidade e terrorismo na região – disse Rice.

O senador democrata Kent Conrad afirmou que os Estados Unidos tem que encontrar uma maneira de dividir os gastos, se referindo ao aumento da despesa americana no Iraque previsto no orçamento. Segundo ele, a população iraquiana tem atualmente serviços básicos, como água e eletricidade, piores que os do início da guerra.

Condoleezza prometeu buscar uma forma para garantir que cada dólar seja bem gasto. A secretária também disse que a recente vitória eleitoral do movimento islâmico Hamas, incluído na lista de organizações terroristas dos EUA, terá obviamente conseqüências na assistência americana à Autoridade Nacional Palestina.

Para este ano, Condoleezza definiu como grandes desafios de sua política para a luta contra a proliferação de armas de destruição em massa. A americana reiterou seu pedido de US$ 75 milhões adicionais aos 10 milhões já aprovados pelo Congresso, para financiar uma série de programas destinados a estimular a democracia no Irã e apoiar os dissidentes e ativistas de direitos humanos do país.

– Literalmente, estamos no meio de uma grande transformação histórica em direção a um mundo que, se fizermos corretamente nosso trabalho, será mais democrático, livre e contará com mais aliados na luta contra o terrorismo – encerrou.

AGÊNCIA EFE