| 09/02/2006 13h28min
O mercado financeiro nacional teve uma manhã de menor volatilidade, mas com os investidores atentos ao noticiário econômico. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o período em alta de 1,07%, com 36.889 pontos. O dólar fechou a manhã em baixa de 0,37%, cotado a R$ 2,176 na compra e R$ 2,178 na venda.
A principal notícia da manhã foi o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. A taxa ficou em 0,59%, contra 0,36% do mês anterior. A taxa "cheia" e os núcleos do IPCA ficaram acima das estimativas. Com isso, o mercado futuro de juros reagiu com alta das taxas, revelando um maior receio quanto à queda da taxa Selic.
A reação foi bem menor no mercado de ações, que preferiu acompanhar a recuperação dos mercados asiáticos, europeus e norte-americano. Até a quarta-feira, o Índice Bovespa acumulava queda de 4,91%, influenciado por um movimento de correção iniciado no mercado internacional.
Para Nicolas Balafas, consultor de investimentos da Planner Corretora, o movimento de correção ainda não encerrou na bolsa, que somente em janeiro disparou 14,7%.
Petrobras PN, principal ação da Bovespa, encerrou a manhã em alta de 1,59%. As maiores altas do Índice Bovespa no final da manhã foram de Cesp PN (+6,79%) e Embratel Participações PN (+4,01%). As baixas mais significativas do índice foram de Tele Leste Celular PN (-2,06%) e Contax ON (-1%).
O mercado de câmbio continuou a refletir a expectativa de ingresso de recursos externos no país, que por sua vez mantém as posições "vendidas" dos bancos no mercado futuro. O Banco Central continua com os leilões para compra de dólares nos mercados à vista e futuro, mas não impede a queda da cotação. Os investidores agora especulam sobre medidas administrativas da instituição para conter a desvalorização da moeda norte-americana. Ao mesmo tempo, aguardam as medidas para incentivo ao investimento estrangeiro no país.
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