| 07/02/2006 22h23min
A imprensa norte-americana se afastou da postura européia ao criticar a publicação das charges de Maomé por considerá-las uma provocação que encoraja o conflito entre civilizações. Jornais e redes de televisão negam autocensura, e tem colocado em xeque a liberdade de expressão, por estarem fora da polêmica.
O The New York Times declarou hoje que informar sobre o conflito sem publicar as charges é uma opção razoável para organizações que geralmente se abstêm de ataques gratuitos contra símbolos religiosos. Além disso, o jornal afirmou que os desenhos são fáceis de serem descritos.
Além do Times, outros jornais americanos de grande tiragem, como o The Washington Post, o Los Angeles Times, o The Boston Globe e o USA Today também se opuseram à reprodução das charges. Em editorial recente, o The Boston Globe afirmou que os jornais devem se abster de publicar caricaturas ofensivas de Maomé em nome da tolerância. O USA Today defendeu que a natureza ofensiva das charges reduz sua relevância informativa, e o Los Angeles Times esclareceu a seus leitores que não reproduziria imagens que considera insensíveis, embora tenha defendido o direito de outros jornais de publicá-las.
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